Clínica Psicanalítica: as ressonâncias do Ethos no Pathos

Informações ⬇

Data: 20/05/23 – Sábado

Horário: 08:30 – 10:00

Local: Auditório ACE – FGG

As inscrições devem ser realizadas no e-mail: lapsi@fgg.edu.br com o título da mensagem de
e-mail ‘’Clínica Psicanalítica: as ressonâncias do Ethos no Pathos”.
Período de inscrição: Até dia 19/05/2023.

Geral: 

Os avanços científicos e tecnológicos, bem como, o acúmulo de conhecimentos a respeito dos
fatores de risco e proteção à Saúde Mental não têm se colocado como processos suficientes em
prol da prevenção do adoecimento psíquico. No cenário contemporâneo atual emerge de modo
flagrante percentuais alarmantes a respeito disso. De acordo com levantamento realizado pela
OMS, no ano de 2019, cerca de 1 bilhão de pessoas apresentavam algum tipo de transtorno
mental. Soma-se a isso o fato do suicídio ser responsável por mais de uma em cada cem mortes.
A OMS destaca ainda que pessoas com condições graves de Saúde Mental morrem em média 10
a 20 anos mais cedo que a população em geral, em função de doenças físicas evitáveis.
Diante deste panorama, qual a contribuição da Clínica Psicanalítica?
Sigmund Freud foi responsável por forjar um método de investigação da vida psíquica e de
tratamento das condições de sofrimento e adoecimento mental. O que permitiu a Freud
construir a Psicanálise foi justamente sua atitude de escuta frente ao sujeito acometido pelos
sintomas. Foi justamente na falta de respostas da ciência, em especial da Neurologia e da
Psiquiatria, que abriu-se espaço para esta atitude de escuta, e por consequência, a valorização
da narrativa daquele que padece frente as vicissitudes da vida. Desde Freud, a Clínica

Psicanalítica tem se reinventado, partindo dos conceitos fundamentais, tal como estabelecidos
pelo psicanalista francês Jacques Lacan: Inconsciente; Pulsão; Transferência e Repetição, assim
como, a herança freudiana da regra de ouro, -Associação Livre, o que se observa nos
testemunhos das experiências clínicas contemporâneas, é a interrogação acerca dos
atravessamentos da cultura na vida psíquica. A Clínica Psicanalítica Contemporânea se põe a
lançar questões sobre as novas formas de organização da relação do sujeito com a experiência
coletiva, civilizatória, e os discursos que derivam desta articulação. É neste sentido, que o
psicanalista parte de uma posição de que o mal-estar é inerente às relações humanas, mas que o
processo de adoecimento e produção de sintomas se relaciona com a forma como se organiza o
laço social em uma determinada época. Cabe ao psicanalista escutar como uma experiência
única e propor ao sujeito adoecido resgatar sua singularidade, perdida em meio a discursos
massificantes e atravessados por ideais que sustentam formas de vida vendidas como promessas
de felicidade.

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Palestrantes:

Fabiano Furlan – Psicólogo, Psicanalista. Mestre em Educação (UNIVILLE), Professor de psicologia
na ACE/FGG e Coordenador do Laboratório de Psicanálise da FGG/ACE.

Gabriela Kunz Silveira – Psicóloga, Psicanalista, Mestre em Psicologia social institucional (UFRGS),
Professora de psicologia e Supervisora de estágios clínicos na FGG/ACE e na (UNIVILLE).

Marilene Wittitz – Psicóloga, Psicanalista. Mestre em Psicologia pela UFSC, Professora e
Supervisora de clínica da FGG/ACE e da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE).

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